A saúde do colaborador precisa ser planejada de forma a permitir que o gestor consiga promover qualidade de vida ao trabalhador e, ao mesmo tempo, ter um ambiente produtivo. Assim, neste cenário, um dos maiores problemas enfrentados dentro das organizações é o absenteísmo, que é a ausência ou falta do empregado ao local de trabalho.

Um artigo publicado na revista científica Brazilian Journal of Business, mostra que nos Estados Unidos, o Produto Nacional Bruto poderia aumentar mais de US$ 10 bilhões ao ano, desde que as ausências no trabalho diminuíssem para apenas um dia. Igualmente, na União Europeia, o absenteísmo representa custos totais que ficam entre 1,5% e 4% do PIB.

Além disso, vale ressaltar que as faltas ao trabalho geram outras adversidades para as organizações, como é o caso do aumento dos custos de produção, diminuição da produtividade, redução da qualidade da atividade desenvolvida e ainda problemas administrativos. Outro estudo, desta vez publicado na Revista Acadêmica São Marcos, relacionou fatores como gênero, faixa etária e tempo de empresa com o absenteísmo.

Dessa forma, foi identificado que as mulheres tendem a faltar mais que os homens, devido à dupla jornada que exercem. Da mesma forma, quando se fala em faixa etária, o estudo mostrou que as pessoas mais jovens faltam mais que as mais idosas. Além disso, quem trabalha há mais tempo em uma empresa, abstém-se menos que os recém-chegados.

No entanto, é necessário que os gestores estejam atentos, uma vez que diversos fatores do ambiente de trabalho podem indicar os obstáculos e, consequentemente, as soluções a serem adotadas. Ou seja, é preciso se perguntar, por exemplo, como está a qualidade de vida no ambiente de trabalho e como isso pode influenciar na saúde do colaborador. Assim, se torna necessário buscar soluções que possam melhorar o ambiente corporativo como um todo.

Como as doenças impactam no dia a dia de trabalho?

Cuidados com a saúde do trabalhador aumentam a produtividade da equipe. Crédito: pch.vector/freepik

O trabalhador é sem dúvidas uma peça muito importante na engrenagem de uma empresa. No entanto, quando algo não vai bem é natural que o mecanismo como um todo comece a falhar. Assim, quando o colaborador está sofrendo com alguma doença, por exemplo, é natural que não consiga desempenhar suas funções de maneira adequada.

Portanto, a produtividade desta pessoa tende a cair e isso poderá ser percebido muitas vezes, com o atraso nas entregas. No entanto, o quadro pode se agravar ainda mais e o trabalhador poderá precisar se afastar, o que vai ocasionar na redução do quadro de funcionários.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças e acidentes de trabalho representam custos de R$ 300 bilhões por ano ao Brasil. Outro problema enfrentado pelas empresas é a falta de motivação, que além de causar queda no engajamento, contribui para a dificuldade na retenção de colaboradores, o que acaba gerando alta rotatividade nas organizações.

Ou seja, a desmotivação pode gerar uma série de contratempos, como problemas de relacionamento interpessoal no trabalho. Além disso, pode trazer estresse e ansiedade, ou seja, o colaborador pode apresentar irritabilidade e até mesmo dores de cabeça constantes.

Melhore o ambiente de trabalho

Certamente, apostar na saúde do colaborador contribui para melhorar o ambiente de trabalho e, assim, trazer diversas vantagens para as empresas.. Inegavelmente,  um ambiente de trabalho que gere bem-estar nas pessoas se torna agradável e, consequentemente, mais favorável à produtividade e criatividade. Afinal, este será um local em que as pessoas gostarão de trabalhar, o que reduz o turnover.

Veja 5 formas de manter a saúde do colaborador em dia:


1) Promover ginástica laboral

A ginástica laboral é um exercício de curta duração que utiliza diversas técnicas com o objetivo de melhorar a saúde do colaborador. Assim, são realizadas atividades de alongamento, correção da postura, exercício de respiração, o que ajuda a evitar doenças ocupacionais. Em virtude da má postura, ou esforço repetitivo, o colaborador pode ter dificuldade em desempenhar as ações do seu dia a dia, o que pode acarretar em redução da produtividade.

Sem dúvida, a ginástica laboral promove diversos benefícios para a saúde do colaborador, como aumento da atenção e concentração, melhora do sistema respiratório e cardíaco. Além disso, o exercício combate diversas doenças ocupacionais, como por exemplo, ansiedade, depressão, estresse e LER/DORT. Bem como, auxilia na melhora do condicionamento físico, coordenação, resistência e flexibilidade.

Ginástica laboral contribui com a saúde dos colaboradores. Crédito: senivpetro/freepik

2) Ergonomia no ambiente de trabalho

Ergonomia é a junção de duas palavras gregas: ergon significa trabalho, nomos quer dizer norma. Assim, a área procura trazer algumas condições para que as pessoas desempenhem seu trabalho sem prejudicar sua saúde física. Dessa forma, a ergonomia busca diminuir os riscos aos quais os colaboradores ficam expostos durante a rotina de trabalho. Mais do que reduzir os danos para a saúde do trabalhador, a ergonomia no ambiente de trabalho ajuda a prevenir doenças ocupacionais.

Acima de tudo, as empresas precisam investir em ergonomia, pois esta é uma exigência legal, regida pela NR-17. Além disso, a ergonomia acaba promovendo mais qualidade de vida, o que resulta em pessoas mais dispostas e produtivas. Igualmente, a organização diminui os custos com planos de saúde, pois há a redução de uso e consequente diminuição da taxa de sinistralidade do plano.

3) Investir em qualidade de vida

Ao trazer mais qualidade de vida aos colaboradores, a empresa passa a ser também beneficiada. Com ações assertivas, é possível reduzir o estresse e ansiedade dos trabalhadores e assim contar com profissionais muito mais motivados e comprometidos com prazos. Dessa forma, a instituição também começa a perceber a redução no absenteísmo e atrasos, uma vez que as pessoas passam a se sentirem cuidadas.

Enfim, quando as pessoas estão motivadas, começam a realizar suas atividades com satisfação, pois valorizam o cuidado que a empresa tem com sua saúde. Assim, um ambiente que promove a qualidade de vida também é um ambiente que retém talentos e faz com que outras pessoas queiram atuar dentro da instituição.

Ações educativas e de engajamento em prol da saúde do trabalhador. Créditos: yanalya/freepik

4) Estratégias de educação para a equipe

Mais do que promover ações de saúde é preciso educar as pessoas para que realizem os trabalhos propostos. Assim como as atividades são pensadas para cada público da empresa, é imprescindível que o colaborador pratique as ações. Ainda que muitas vezes simples, todo movimento requer um esforço por parte da equipe de gestores, portanto não deve ser em vão.

Dessa forma, é interessante que o líder converse com sua equipe sobre a importância de cada exercício. Além disso, é importante ressaltar que a proposta faz parte do programa de benefícios da empresa e que o colaborador não deve se sentir constrangido por realizar as atividades durante a rotina de trabalho.

5) Tecnologias para gestão de saúde corporativa


A tecnologia está em todos os lugares, inclusive no cuidado da saúde dos trabalhadores. Assim, com uma rotina tão corrida dentro das instituições é preciso contar com a ajuda de algumas ferramentas. Uma delas é a Balança Multifuncional Safety Gestão Saúde, que comunica em tempo real o estado de saúde do trabalhador referente a peso, pressão arterial, batimentos cardíacos, índice de massa corporal, bioimpedância e oximetria.

Esses por definição da empresa poderão ser enviados aos profissionais de segurança e ou médico do trabalho, por meio de notificações via sistema, e-mail, SMS ou diretamente no aplicativo mobile. Isso facilita as medidas proativas e preventivas de segurança no trabalho e medicina preventiva corporativa.

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